domingo, 29 de novembro de 2015

A Escrita dos Cálculos e as Técnicas Operatórias


Os cálculos e as técnicas operatórias são uma preocupação constante dos profissionais da educação, e com base nessa preocupação, alguns matemáticos buscaram melhores estratégias de se transmitir a matemática e suas técnicas para facilitar o ensino-aprendizagem. 
Abaixo, apresentamos dois pensamentos de matemáticos a respeito do assunto exposto.

De acordo com Constance Kamii, no livro “A criança e o número”, publicado em Campinas pela Editora Papirus no ano de 2000, o ensino de matemática deve ser livre, a aprendizagem deve acontecer de maneira interativa e autônoma. Sendo assim, o aluno tem a possibilidade de interessar-se naturalmente pelos cálculos e com os estímulos recebidos pelas aulas presenciadas, assim, desenvolvendo e construindo seu pensamento crítico, o raciocínio lógico e o cálculo mental que se faz importante como estratégia para o ensino da matemática. O cálculo mental deve ser trabalhado desde as séries iniciais e de maneiras distintas, inclusive com jogos matemáticos que são estratégias importantes para o desenvolvimento e aprendizagem, pelo fato de possuírem regras, previsões, exceções bem como análise de possibilidades.



Já na perspectiva do matemático Isaac Asimov,  o ensino-aprendizagem da matemática em relação à escrita dos cálculos e as técnicas operatórias, é simples e abrangente ao mesmo momento, pois trata-se de uma ciência que se distingue de todas e está inserida em nosso cotidiano. Para ele, a aprendizagem da matemática inicia-se pela maneira mais simples, que é a contagem utilizando os próprios dedos, ao passar por essa etapa, segue-se para a utilização do ábaco até chegar ao sistema decimal. Entretanto, os números inteiros são formados começando por um, adicionando mais um e assim sucessivamente. Contudo, boa parte do que hoje se chama matemática deriva de ideias que originalmente centravam-se nos conceitos de número, grandeza e forma. E a aprendizagem acontece da maneira mais natural e possível.



A IMPORTÂNCIA DO CÁLCULO MENTAL PARA A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO

De acordo com os parâmetros curriculares de matemática, observa-se o uso do cálculo mental como uma das diversas formas de se calcular, adaptando-se a uma determinada situação, nas operações envolvidas. O exercício e a sistematização dos procedimentos de cálculo mental, ao longo do tempo, é utilizado como uma estratégia de controle do cálculo escrito.
O cálculo mental auxilia o aluno a organizar seu pensamento agilizando o trabalho cognitivo, pois o aluno é estimulado a pensar rapidamente e encontrar soluções para o problema. O cálculo mental também contribui para o maior domínio do cálculo escrito à medida que o agiliza, além de permitir ao aluno a compreensão de  algumas das propriedades das operações matemáticas.
A prática do cálculo mental, apesar de não ser muito estimulada pelas escolas brasileiras, pode desenvolver habilidades como a atenção, concentração, memória e agilidade.O aluno deve ser estimulado a pensar, apesar das diversas facilidades da era moderna que servem como auxílio, devendo ser estimulado desde cedo para que possa desenvolver com mais facilidade a capacidade de cálculo deste aluno seja ele escrito ou mental. O trabalho com calculo mental permite ao aluno construir novos esquemas, desenvolver habilidades como a atenção, memória, concentração e a ampliar o repertório de cálculo e agilizar seu pensamento para o uso no cotidiano.


- Camila, Karoline e Renata.



KAMII, Constance. A criança e o número. Campinas: Editora Papirus, 2000.
ASIMOV, Isaac. No mundo dos números. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1995.